Obesidade

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

A capacidade de armazenar energia além das necessidades essenciais do corpo humano consiste em um grande artifício para a sobrevida em casos de privação de um aporte nutricional adequado. O tecido adiposo, capaz de promover este estoque de fontes energéticas para as situações adversas, tais como a fome, é biologicamente adaptado para disponibilizar a energia armazenada na forma de ácidos graxos livres, os quais serão utilizados em diversos locais do corpo humano para a manutenção de sua atividade. Porém, na ausência de tais adversidades, associada a um estilo de vida sedentário, com um baixo gasto energético, essa reserva de energia na forma de gordura pode ter consequências maléficas para a saúde (LONGO et al, 2013).
A obesidade é definida como um estado de excesso de massa adiposa, e não um excesso de peso, pensamento comum de grande parte da população. Esta associação se mostra incorreta, pois um indivíduo pode ser magro, porém ter uma musculatura desenvolvida, apresentando um relativo excesso de peso se for avaliado de acordo com os padrões numéricos rotineiros. Ainda que não seja a maneira mais correta de avaliar a obesidade, o índice de massa corporal é o instrumento mais utilizado para tal mensuração, utilizando-se do peso e altura do indivíduo para sua determinação (GARDNER e SHOBACK, 2013).
Em relação à prevalência da obesidade, podemos destacar a população norte-americana, cujo índice de obesos adultos subiu de 14,5% na década de 1980 para 33,9% no ano de 2008. No Brasil, estima-se que entre 15 e 20% da população adulta pode ser classificada como obesa e, analisando a população total do país, o índice de obesos é próximo de 10%. Em uma escala global, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, no ano de 2015, o número de obesos no mundo seja por volta de 700 milhões. Diante da expressividade dos números e da relevância dos fatos, este trabalho tem por objetivo oferecer um panorama acerca da etiologia, avaliação,