Obesidade
Entre os fatores determinantes do desmame precoce, notou-se: referência ao choro e à fome da criança; insuficiência do leite materno; trabalho das mães fora de casa; problemas relacionados às mamas e recusa ao seio, por parte da criança, como opções para a introdução de outros alimentos precocemente.
Constatou-se que o choro e a fome da criança são, para as mães, determinantes para a alimentação complementar antes de concluir os 6 meses de AME. O choro associado à fome é sustentado pela cultura, em decorrência dos problemas relacionados à produção/qualidade do leite.
A produção de leite materno pode diminuir quando: a criança vai perdendo o apetite ao complementar a alimentação com água, chá ou leite artificial; introduzir mamadeiras ou chupetas, proporcionando sucção incorreta do seio; mamadas curtas e pouco freqüentes, resultando em mamas cheias e ingurgitadas; pouca ingestão de líquidos e alimentação incorreta da nutriz; equipe de saúde despreparada no reconhecimento de sinais de pega ou posicionamento inadequado, tendo como conseqüência o desmame precoce.
A inobservância da ejeção do leite e a manifestação de insatisfação da criança com o choro freqüente põem em dúvida a condição ideal do leite materno. Perceberam-se manifestações de dificuldades das mães em lidar com o choro e a fome da criança, associando-os à concepção de que a composição e a quantidade do leite são insatisfatórias às necessidades da criança, razões justificadas para interromper o aleitamento materno ou oferecer outro leite e alimentos.
O leite fraco é uma das elaborações sociais utilizadas para explicar o abandono da amamentação, fundamentada no movimento higienista do século XIX, o qual busca responsabilizar a mulher pela saúde do filho e culpá-la pelo desmame. Nessa perspectiva,