Obesidade e psicossomática
Tenho notado que o tema obesidade vem, há tempos, despertando a atenção da saúde pública norte americana , cuja população carece com certeza, de informações nutricionais realistas e de apoio psicológico.
Inegavelmente, ela ignora os malefícios causados pela alimentação fast-food, tão em moda naquele país. A situação agravou-se tanto que, para mim, em particular, não chegou a constituir surpresa quando deparei com um documentário, focalizando, justamente, essa problemática, e com o intuito de maximizá-la.
O filme, pasmem, é sobre a maior rede americana de fast-food, e o nos mostra é aterrorizante !
Pessoas que se submetem a este tipo de alimentação, durante determinado tempo, transformam-se em verdadeiras aberrações físicas, pateticamente obesas... tristemente obesas... sem saída.
O nome do filme é “Super size me”. Vale a pena ser visto como um alerta a todos os incautos que, iludidos por uma massificante propaganda despejada pela mídia, passam a consumir, desregradamente, tais refeições, apregoadas como “rápidas, baratas, dentro dos padrões nutricionais”.
É bem verdade que a oferta em demasia e a tentação não são, em última análise, os únicos agentes responsáveis pelo aumento corporal da população.
Por trás desses corpos deformados, persistem fatores incontroláveis que impulsionam os desavisados a comer...comer...comer...,desenfreadamente, como se a gordura pudesse ser transformada em um casulo de proteção, capaz de disfarçar os grandes problemas existenciais.
O que parece é que a nação norte-americana, desnorteada por tão insólita situação, tenta acalmar o medo, revestindo-se de uma absurda camada de gordura.
Quem sabe se isso tudo não é um repúdio ao governo pela desconfiança, ou pela convicção, de que ele se aproveita da aflição generalizada para obter benefícios trabalhistas, escapar de determinadas obrigações governamentais e, por que não, despertar compaixões em quem observa a agonia dos infortunados.
Deixo-me