Obesidade infantil aumenta no Brasil
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Embora a obesidade esteja presente em várias classes sócio-econômicas, o aumento de peso é frequente na população de baixa renda porque, além da má informação nutricional, existe o custo elevado dos alimentos saudáveis (carnes, vegetais e frutas) e a cesta básica, que alimenta muitas famílias, é composta de alimentos gordurosos como açúcar, farináceos e grãos. “Segundo o senso do IBGE de 2009, o índice de crianças com excesso de peso no Brasil foi de 19,4% e de obesidade de 4%. Se comparado com valores de anos anteriores, esse índice vem aumentando. No ano de 2003 ele era de 15,1% para o excesso de peso e de 3% para obesidade”, explica Dr. Osmar Monte, membro da SBEM-SP. O aumento de peso na população infantil é derivado de um conjunto de fatores: - Componente genético familiar: quando os dois pais são obesos o risco da criança se tornar obesa é de 80%; quando apenas um dos pais é obeso, o risco é de 50%, e; quando os dois pais têm peso normal o risco é de 9%; - Falta de atividade física: crianças sem espaço para lazer; - Os maus hábitos alimentares induzidos por propaganda intensiva dos meios de comunicação; - Falta de conhecimento sobre nutrição pela população. A inserção de matérias que possam elencar os temas sobre o valor nutritivo e calórico dos alimentos, a importância de cada um deles e o que a falta de uma alimentação saudável causa no organismo podem colocar a escola como papel central no combate à obesidade. “Nesse ano, fizemos um estudo entre crianças e adolescentes de cincoescolas públicas na cidade de São Paulo e constatamos que das 2.084 crianças, 1,3% apresentavam baixo peso, 63,6% foram eutróficas (normais), 21% apresentavam sobrepeso e 15% obesidade (...) A escola também deve cuidar melhor de suas cantinas e refeições e incentivar a prática de atividades físicas, especialmente as lúdicas, para que a criança crie o hábito de se exercitar