Números
É como se chama entre nós a solene e acolhedora cerimônia de recepção dos hóspedes honrosos e estimados. É um ritual muito antigo e bonito, sendo oferecido ao hóspede um grande pão redondo (“karavai”) recém-cozido em cima de uma toalha branca ornada com bordados e um saleiro em cima. Uma jovem bonita e sorridente traz o pão com sal, devendo então o hóspede separar do “karavai” um pedacinho, mergulhá-lo no sal e comer...
Na Rússia, o pão foi sempre um alimento especialmente valorizado. Não é por acaso que existe o ditado popular “O pão é a cabeça de tudo”. Porque para prepará-lo é preciso gastar tantas forças! Primeiro, lavrar a terra; depois, semeá-la com centeio ou trigo, colher a safra, secar os grãos, debulhá-los e só depois mandá-los para o moinho para se converterem em farinha. Outro produto altamente valorizado na Rússia Antiga era o sal, o qual era bastante raro e, portanto, custava muito caro. Agora, já são poucos os que sabem disso, mas esse hábito ancestral é uma recordação de que o gesto mais honroso para os caros hóspedes consiste em recebê-los com “pão e sal”.
A cerimônia do “pão e sal” é também oferecida aos noivos para assim desejar ao casal uma vida laboriosa e abastada. São convidados para provar do “pão e sal” o chefe de Estado em suas visitas a outras regiões do País e também delegações estrangeiras ao chegarem a uma cidade russa. O “pão e sal” tem sido também oferecido aos astronautas depois do pouso em sinal de gratidão por suas façanhas.