Não tenho fé suficiente pra ser um ateu
A Rússia entrou no século XX como um dos países mais atrasados do mundo. A economia era baseada na produção rural e 90% da população não sabia ler nem escrever. Como se não bastasse, grande parte da população russa vivia em estado de miséria, se alimentando mal e tendo que trabalhar diversas horas para conseguir pagar os altos impostos que eram usados para sustentar uma minoria de nobres, que viviam luxuosamente nos palácios ao lado do todo poderoso da nação, o czar Nicolau II.
A situação na Rússia foi se tornando cada vez mais insuportável, até que em 1905, no chamado Ensaio Geral, eclodiram diversas revoltas contra o regime czarista.
Mas foi somente em 1917, depois de duas grandes revoluções, que se instaurou no país uma forma de governo diferente de todas aquelas vistas até então.
Em novembro daquele ano, com a ajuda de operários e camponeses, Vladimir Lênin, Leon Trótski e Joseph Stálin, junto com outros comunistas notáveis, assumiram a direção do governo Russo e fundaram o primeiro estado socialista da história.
A Rússia tinha uma economia voltada para o campo, vivendo sob os princípios feudais e submetidos a Aristocracia Rural, de uma nobreza privilegiada e Igreja Ortodoxa. Nos centros urbanos a industrialização deixava os operários submetidos a regimes semi-humanos de trabalho, com cerca de 12 horas diárias de trabalho, baixos salários, ausência de legislação trabalhista e proibição de organização sindical. Nesse contexto, o trabalhador de organiza e origina o Proletariado, que ao protestar contra os poderes do Czar são fortemente reprimidos com violência pelas autoridades czaristas, no chamado Domingo Sangrento.
A Rússia vivia uma industrialização concentrada em Moscou, com isso, a característica agrária dos país era contraditória com a Primeira Guerra mundial, que se tratava de um conflito industrial,