Nuvem da Morte O Jovem Sherlock Holmes Livro 1 Andrew Lane
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Livro um
Dedicado à memória dos escritores de literatura para jovens, cuja obra eu costumava devorar quando era mais novo: capitão W. E. Johns, Hugh Walters, Andre Norton, Malcolm
Saville, Alan E. Norse e John Christopher; também à amizade e ao apoio dos integrantes da geração mais recente que tenho a sorte de conhecer: Ben Jeapes, Stephen Cole, Justin
Richards, Gus Smith e o incomparável Charlie Higson. E com enorme gratidão a: Rebecca McNally e Robert Kirby, pela confiança; Jon Lellenberg e Charles Foley, pela autorização;
Gareth Pugh, por ter me contado tudo sobre abelhas, e Nigel
McCreary, por manter-me lúcido durante a jornada.
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Prólogo
NA PRIMEIRA VEZ QUE MATTHEW Arnatt viu a nuvem da morte, ela flutuava para fora da janela do primeiro andar de uma casa perto de onde ele vivia.
O garoto caminhava apressadamente pela High Street, na cidade mercantil de Farnham, à procura de frutas ou de cascas de pão que algum transeunte descuidado pudesse ter deixado cair. Seus olhos deveriam estar atentos ao chão, mas ele olhava para cima, para as casas, para as lojas e a multidão ao redor. Tinha apenas catorze anos e, pelo que podia lembrar, nunca estivera em uma cidade daquele tamanho antes. Ali, na parte mais próspera de Farnham, os edifícios mais antigos, construídos com vigas de madeira, debruçavam-se sobre a rua, e seus aposentos mais altos se assemelhavam a nuvens densas pairando sobre todos.
A rua tinha um trecho pavimentado com pedras arredondadas e lisas, do tamanho de um punho fechado, mas pouco adiante elas eram substituídas por terra batida, da qual se erguiam nuvens de poeira quando cavalos e carroças passavam com estrépito. Separadas por alguns metros, pilhas de excremento de cavalo pontilhavam o caminho: algumas recentes e fumegantes, cercadas por moscas; outras, secas e velhas, como fibras de feno ou grama que, postas juntas, tivessem ficado ali, amassadas.
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Matthew sentia o cheiro de esterco fumegante e putrefato, mas também o aroma