Nuno Portas - Os Tempos das Formas
Existem forças irresistíveis que levam as populações a agregarem-se em ambientes urbanos
Novas cidades, os movimentos e trânsitos de pessoas são multi-cêntricos.
As ruas são muito mais perenes que os edifícios, o seu desenho é uma parte essencial da arquitetura.
FÓRUM EDUCAÇÃO PORTO (Parque Escolar)
Não se começa pelos edifícios, começa-se pelas pessoas, pelas suas atividades. Os edifícios são feitos para serem alterados.
Os espaços têm um papel educador.
Livro “OS TEMPOS DAS FORMAS. A CIDADE FEITA E REFEITA”
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“Embora não seja nosso objetivo voltar ao tema (mais polémico entre os estudiosos) do urbanismo «planeado e ideal» (shaped) versus urbanismo
«espontâneo e sucessivo» (assembled) – redutoramente traduzido pelas antíteses formal/informal ou quadriculado/orgânico – ao pretendermos perceber em que medida os modos como esses fundamentos se formaram terão influído nos desenvolvimentos posteriores, a questão da morfologia originária não pode ser subestimada a priori.
Só que antes de ser desenho, a forma urbana é desígnio, isto é, visão política – ou estratégia, como agora se diz.”
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“A história do urbanismo português tem dois marcos que correspondem a dois gigantes: o Marquês de Pombal e o ministro Duarte
Pacheco – 1875, 1935-42. (…) Ambos vão procurar, sem preconceitos pessoais ou ideológicos, as equipas melhores que era possível arranjar entre os técnicos, a começar pelos nacionais ou por estrangeiros que quisessem viver por cá.”
CERDÁ E OS TRAÇADOS
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“A quadrícula, também designada por «hipodâmica», não teve sempre o mesmo significado (…). (…) Há, portanto, quadrículas e quadrículas (…).”
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“O traçado ordenador da rede viária, como elemento fundamental da arrumação dos espaços construídos e dos próprios espaços públicos, presidiu na história do urbanismo do ocidente, como do oriente não islâmico, à grande maioria das expansões e fundações de cidades e quase sempre esse