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Edna Maura Zuffi
ICMC – USP - São Carlos
Apesar de não ser especialista na questão do uso de recentes tecnologias em Educação, dentre estas a informática educativa (Borba & Penteado, 2001), atrevo-me a trazer algumas reflexões sobre a incorporação desta questão na formação do professor, em função das experiências que tenho vivido como co-formadora e atual responsável pela coordenação do curso de Licenciatura em Matemática do ICMC-USP, em São Carlos. Desta maneira, não pretendo que este texto seja fonte precisa de dados para pesquisa nesta área, mas que se torne um provocador ao debate, acima de tudo.
Com o desenvolvimento acelerado dos recursos computacionais no século XX, principalmente após a década de 70, e o subseqüente processo de “miniaturização” destes recursos (Breton, 1991; Fonseca Filho, 1999), tornou-se possível que uma maior parcela da população mundial tivesse acesso aos mesmos, primeiramente nas instituições de ensino superior e depois em seus locais de trabalho, de atendimento e prestação de serviços e nas escolas básicas. Não nos esqueçamos que até o início da década de 1980, algumas instituições da Universidade de São Paulo utilizavam-se de computadores de grande porte, que ocupavam salas inteiras para seu funcionamento, sendo seus programas processados através de cartões perfurados, que freqüentemente caíam ao chão, misturavam-se e davam grande trabalho para serem colocados novamente em sua ordem lógica, de forma manual.
As calculadoras, por outro lado, também por essa ocasião, começaram a ficar cada vez menores, mais leves e mais baratas, permitindo seu transporte fácil de um local a outro e sua popularização em níveis antes inimagináveis.
Nada disso é novidade para minha geração, que acompanhou este processo de perto. Mas, ainda na virada do século XXI, é bem pouco aplicado e aprofundado, para muitos professores dessa mesma geração, o seu uso como recurso didático.