Numa e ninfa
Em pouco tempo, já estava apontado para ministro. Um dia, Numa foi convocado para fazer outro discurso importante. Correu à Gilberta e implorou que ela lhe ajudasse mais uma vez. Gilberta pediu alguns livros sobre o assunto que abordaria e pediu que Numa a deixasse sozinha e em paz para escrever o discurso. O deputado assim o fez. Quando chegou a madrugada, Numa ficou com pena da mulher, fechada na biblioteca e trabalhando por ele. Foi até lá e, pela fresta da porta, descobriu algo surpreendente: quem escrevia os discursos não era Gilberta! Era o amante dela, um primo. Numa ficou doido de ciúmes. Pensou em entrar na biblioteca e matar os dois. Mas então lembrou da possibilidade de ser ministro. Voltou pé ante pé para o quarto e aceitou ser “corno” em troca de uma carreira de sucesso.