Novos céus e nova terra
Prezados irmãos, parece haver um paralelo neste texto com relação à nova vida que o povo terá após o cativeiro e a vida eterna, pois o povo de Israel estivera longe, em exílio. E, agora, retorna à sua terra. Estivera sob a opressão do inimigo, mas volta à liberdade; estivera sob ameaça de morte e ressurge para a vida. E o povo está feliz apreciando a sua terra, reconstruindo sua cidade, alegrando-se com seu templo, acha que tudo está bem, que Deus cumprira sua promessa, não se precisa de mais nada. E é, então, nesse clima de alegria que o Senhor diz: “eis que eu crio novos céus e nova terra”.
Com isso muitas perguntas e dúvidas nos vem à mente, como, por exemplo: “Isso quer dizer que céu e terra, criados por Deus no princípio, serão destruídos completamente?” “Será que Deus então não gosta mais do mundo que ele mesmo criou?” ou “Qual a necessidade de ter novos céus e nova terra?” ou ainda, “Será que essa criação de novos céus e nova terra se dá ao fato de que o ser humano cada vez pensa mais si, onde cada vez vemos mais violência, mais ódio, dor, desespero, angústia, e morte? Deus quer mostrar que a vida tem também outra dimensão. Deus quer dar ao seu povo uma nova terra, uma pátria maior e eterna. Mas para recebermos este novos céus e nova terra, precisamos recorrer a ele, o Senhor, Criador e Redentor que nos mostra/dá o caminho através de sua Palavra e Sacramentos.
Precisamos, portanto, aceitar o fato de que Deus está criando novo céu e nova terra, onde não há palavras humanas para descrever tal maravilha que Ele cria. O texto (Is 65. 17-25) nos deixa claro que será algo que jamais vimos antes e que as coisas passadas jamais serão lembradas, pois não mais haverá voz de choro nem clamor.
Em virtude do pecado que possuímos em nossa natureza, só praticamos más obras enquanto vivemos em nossa carne. Parece que a morte é o fim, mas Cristo derrotou as figuras mais assustadoras existentes: Cristo sob a morte, sob o pecado, sob o inferno