Nova e velha ordem mundial resumo
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A expressão simboliza o carácter essencial e omnipresente do consumo nas nossas vidas, que se caracteriza essencialmente pela quantidade e variedade de bens e serviços que o consumidor tem à sua disposição. Neste tipo de sociedade, o consumo tornou-se a finalidade última da vida do ser humano e inverteu-se a lógica da finalidade da actividade económica em que, deixando de se produzir para satisfazer as necessidades, o consumidor passa a estar ao serviço da produção (fileira inversa). Assim, são criadas as técnicas de publicidade e marketing, de forma a escoar a produção, visto que o tempo de vida útil dos produtos é encurtado. A sociedade de consumo fez surgir uma sociedade “do descartável” ou “usa e deita fora”, como todos os custos ambientais que esta atitude acarreta, fomentada pela expansão industrial (associada à produção em massa). Com vista a estimular o consumo, são criadas outras estruturas que levem o consumidor ao consumo, p.e., a expansão do crédito e a criação de linhas de crédito para os mais diversos bens e serviços, adquiridos de forma rápida e cômoda. Logo, consome-se para além do necessário (o supérfluo) e surge o consumismo: consumo indiscriminado, mesmo que prejudique a saúde ou ambiente e podendo levar ao endividamento das famílias, colocando-as em situações de grande dependência e fragilidade.
Nós últimos anos, em Portugal, tem-se visto o crescimento do crédito ao consumo, devendo-se sobretudo á descida das taxas de juro e à liberalização e maior abertura do sistema financeiro (novos bancos, p.e.). Estes factores aliados ao aumento do rendimento médio familiar provocaram um aumento da concessão de crédito aos particulares para as mais diversas finalidades. Antigamente os créditos eram destinados principalmente às empresas e, aos particulares, só para habitação e