Nova Urbanização
Globalização, Desenvolvimento Urbano e Megacidades (EAD 209)
Nova Urbanização
Universidade Gama Filho
Rio de Janeiro
2013
Já é comum vermos grandes mansões e construções dividirem seus espaços com favelas, cortiços e regiões sem muitas condições de saneamento básico. Uma tendência global é a “quebra de fronteiras”, que redesenha a sociedade nas cidades. Espaços que antes conviviam com a obscuridade, violência e analfabetismo, hoje são auxiliados por projetos sociais e econômicos pelos “vizinhos ricos”. Fato é que essa despolarização dos centros urbanos fez com que os dois lados (ricos e pobres) passassem a pensar e refletir um pouco mais o seu papel na sociedade, comparando seus hábitos e níveis de vida, com a realidade vista através da janela de seus imóveis.
Os desníveis sociais também são acelerados pela revolução técnico-científica que está a serviço das grandes corporações. Exemplos de regiões no estado do Rio, como Macaé, Rio das Ostras e Angra dos Reis evidenciam disparidades econômicas e sociais acentuadas. Com o mercado aquecido pelas indústrias e pelos mercados off e onshores são criadas novas urbanizações, promovendo crescimento repentino de oportunidades melhores de moradia, comércio, entretenimento, salários, ainda que metros ao lado persistam problemas duradouros de saneamento, educação, casas em encostas, entre outros.
Como proposta universal às relações entre a formação das redes urbanas, tanto nas regiões centrais quanto nas periféricas, melhorias devem ser projetadas em escalas uniformes. Isso para que as diferenças sejam compreendidas e as ações sejam suavizadas no contexto urbano. As políticas públicas devem favorecer a todos, e não predominantemente camadas elitizadas. Os interesses não devem surgir como moeda de troca para votos em eleições ou conivência em audiências públicas para permissão da instalação de indústrias em comunidades frágeis.
Por isso, a expectativa é que a