A Urbanização Brasileira - Milton Santos (Resumo 5º capítulo) - A nova urbanização: Diversificação e Complexidade
Capítulo 5 A Nova Urbanização: Diversificação e Complexidade Com a concentração de riquezas nas cidades em meados da metade do século 20, houve um deslocamento populacional correspondente. O trabalho intelectual se desenvolve de maneira que o ambiente propício para essa produção não-material também cresce. O autor faz uma diferenciação entre consumo consuntivo e consumo produtivo, que são consumos predominantes em distintas fases da urbanização no Brasil. O que não significa que esses consumos venham a se desencontrar, mas pelo contrário, na segunda fase de desenvolvimento urbano, com a industrialização brasileira, apresentam-se os dois concomitantemente. A simples divisão de tarefas entre o campo e cidade não mais dá conta da complexidade do fenômeno. As divisões e subdivisões do trabalho para atender demandas existentes no período se apresentam em maior quantidade dentro das cidades, que já não mais são um simples conglomerado de pessoas, mas um conjunto interdependente e complexo. Cidades, como São Paulo, que antes eram independentes no sentido funcional, passam a existir em um relação às demais grandes cidades ou capitais como uma referência nacional sem a qual economicamente as demais não poderiam existir. Antes as pequenas cidades tratavam-se em verdade de vilarejos que cresceram para atender as demandas do campo. Agora as cidades passam a ser o foco, porque industrializadas. Os atores sociais presentes, como o juiz, o telégrafo, o cartorário, etc, passam já não mais a corresponder às únicas figuras necessárias ao funcionamento dessas pequenas e médias cidades, mas também o homem agrário, o agricultor. Tal desenvolvimento foi possível pelo aprimoramento de infraestrutura no campo das telecomunicações e estradas.