NOVA QUESTÃO SOCIAL: DESEMPREGO E EXCLUSÃO

A COMPLEXA DEFINIÇÃO DA EXLUSÃO SOCIAL
A partir de 1980, observamos uma intensificação do processo de internacionalização das economias capitalistas que se convencionou a chamar de globalização. Com isso a política econômica de cada país é afetada pela circulação de recursos no mercado financeiro internacional, uma vez que a mobilidade das transnacionais gera um menor compromisso com os países que sediam suas atividades, elas obtêm um produto final global composto por várias partes desenvolvidas em inúmeros países, a fim de utilizar mão de obra, tecnologia e matérias-primas da forma mais eficiente possível.
Essa alteração na lógica da produção global não trouxe impacto apenas em nível macroeconômico, mas também na esfera individual, devido a alteração provocada no mercado de trabalho. Um novo paradigma de emprego precário e desprovido das garantias de estabilidade e também pela reestruturação do Estado desde o Pós Guerra que até então era o responsável pelas garantias sociais e que agora esta rediscutindo esta função, criando uma preocupação que se convencionou a chamar de exclusão social.
“A possibilidade de consumo transformou-se no principal sinal exterior de sucesso individual, o que fez com que o sentimento de exclusão possa ter um teor puramente relativo, ou seja, o de estar excluído não das necessidades básicas, mas daquilo que outras pessoas têm...” (Gilberto Dupas).
Hillary Silver defende a idéia que cada sociedade formulará um conceito para a exclusão de acordo com seus valores. A autora sugere três formas diferentes de entender a integração social: “Paradigma da solidariedade”; “Paradigma da especialização” e “Paradigma do monopólio”, cada uma delas ligada a uma filosofia política.
No Paradigma da solidariedade associado ao republicanismo a exclusão é vista como quebra de vinculo social entre indivíduos e sociedade, cabendo ao Estado a obrigação de ajudar na inserção dos excluídos. No Paradigma da especialização associado ao liberalismo a