Resenha Do Livro QUEST O SOCIAL EM DEBATE
O livro da autora Alejandra Pastorini, traz um estudo elaborado e crítico sobre o tema "Questão Social", bem como, as mudanças do modelo capitalista no que diz respeito principalmente a América Latina.
A questão social emergiu na primeira metade do século XIX com o surgimento do pauperismo na Europa ocidental, com isso os que acreditam em uma nova questão social trazem o pressuposto de que o mundo capitalista contemporâneo traz a tona novos sujeitos, novos usuários, que teriam novas necessidades e demandas. Segundo Castel e Rosanvallon o Estado deve responder de forma inovadora, indo além da regulação social que teve seu auge nos modelos de welfare state. Outro autor que Alejandra Pastorini destaca, dentro dessa lógica da “nova questão social”, é o economista norte-americano Jeremy Rifkin, que faz uma caracterização de um mundo praticamente sem trabalhadores, denominados de desempregados tecnológicos, em conseqüência da era pós-mercado. Para Kifkin, a saída salvadora para o fim do desemprego, se daria graças á um terceiro setor, também a adoção da redução da carga horária de trabalho, de 40 horas para 30 horas, onde os trabalhadores teriam horas livres pra utilizar em tarefas construtivas, tanto na esfera social, como familiar, contribuindo assim para a diminuição da violência, pobreza e exclusão social.
Pastorini apresenta ainda neste capítulo, as idéias de Gorz (1987), Antunes (1996 e 1997), que explicam o desemprego e a nova conjuntura social sob a ótica do fim do trabalho, apoiadas nas oposições binárias: emprego/desemprego; tempo de trabalho/tempo livre; trabalho abstrato/trabalho concreto. Temos também as idéias de Aznar, que diante da substituição do homem pela máquina, oferece como solução para o desemprego: a repartição da renda independente da participação dos sujeitos na esfera de produção.
A influência dos Estados Unidos na política de outros países capitalistas, que se vêem obrigados a liberar os fluxos