nova iguaçu
dO nascimento de iguassú à gestação de Iguaçu nova em Uma abordagem geográfica
Edson Borges Vicente
Resumo
O presente artigo pretende analisar em uma abordagem espaço-territorial, o município de Nova Iguaçu / RJ enquanto município-mãe de muitos outros da área denominada Baixada Fluminense uma vez que, através de emancipações de vários de seus distritos, foram criados outros municípios da referida área. Para tanto, recorrer-se-á a uma análise histórico-geográfica da formação e evolução territorial do sítio principal da cidade, que inicia-se às margens do Rio Iguaçu e é transferido para as margens da Ferrovia D. P II (atual Central do Brasil). Isso acompanhado de abordagens quanto às estruturas econômicas, produtivas, sociais e físicas e os regimes jurídicos que suscitaram essas transformações espaciais. Em especial, será analisado o caso da Emancipação de Queimados e suas relações identitárias e espaciais com o bairro Cabuçu (que não é desmembrado, separando-se do antigo distrito de Queimados). As contribuições de Simões (2007) e da produção do
Instituto de Análises Históricas da Baixada Fluminense - IPAHB serão associadas à pesquisa de Campo e análises de Reportagens e entrevistas com moradores locais.
Pretende-se ainda, esboçar uma análise sobre o fenômeno urbano mais recente em curso, que demonstra ser fonte de inúmeras transformações em vários âmbitos: a implantação do Projeto Iguaçu Nova, analogamente intitulado de “neta de Iguassú” ou “filha de Nova Iguaçu”, um mega-projeto de iniciativa privada de construção de um bairro planejado na URG de Cabuçu, uma “mini cidade” que hoje denomina-se
“Cidade Paradiso”. Percebe-se que a lógica dos fluxos relacionados a esse espaço em construção é eminentemente rodoviária. Nesse sentido, cabe à geografia voltar suas atenções às modificações sócio-espaciais e econômicas que esse fenômeno ocasionará. O cerne (ou embrião) desse projeto reside na construção do Parque