Notre Dame
2001 Éditions Hemma
2005 Larousse do Brasil
Gerente editorial Soraia Luana Reis
Assistente editorial Renata Nakano
Adaptação Marie-Françoise Perat
Tradução Cristianne Lameirinha
Coordenação editorial,
Adaptação em português e textos suplementares Welington Andrade
Assistente editorial Rodrigo Antônio
Revisão Juliana Jardim e Renata Nakano
Projeto gráfico e diagramação Werner Schulz
Capa Light Criação e Comunicação Ltda.
Produção gráfica Fernando Borsetti
Hugo, Victor, 1802-1885.
O Corcunda de Notre-Dame
Sumário
Capítulo 1 A grande sala
Capítulo 2 Esmeralda
Capítulo 3 0 jarro quebrado
Capítulo 4 As boas almas
Capítulo s A magistratura
Capítulo 6 O buraco dos ratos
Capítulo 7 Uma lágrima por uma gota d'água
Capítulo 8 Fatalidade
Capítulo 9 A moeda transformada em folha seca
Capítulo 10 A mãe
Capítulo 11 Corcunda, caolho, manco
Capítulo 12 Gringoire tem boas idéias
Capítulo 13 Viva a alegria
Capítulo 14 Châteaupers vem em socorro Por dentro do texto
CAPÍTULO 1
A grande sala
No dia 6 de janeiro de 1482, os parisienses acordaram ao som de todos os sinos soando com força na cidade. O que emocionava o povo era a celebração do Dia de Reis e da
Festa dos Loucos. Haveria fogueiras na Praça da Greve, a plantação de uma árvore na Capela de Braque e a representação de um mistério — a forma teatral mais popular da época — no
Palácio da Justiça.
A multidão de burgueses movimentava-se por todas as direções desde a manhã e as casas e as lojas estavam fechadas nas proximidades de cada um dos locais dos festejos.
Deve-se dizer que a maior parte das pessoas dirigia-se ou para as fogueiras, muito comuns naquela época, ou à representação teatral.
A peça começaria apenas ao soar a décima segunda badalada do meio-dia no relógio do Palácio e seria representada sobre uma plataforma com muitos ornamentos dourados. Já era tarde para um espetáculo teatral, no entanto, a platéia o