Catedral de Notre Dame
Localizada na Île de la Cité (uma pequena ilha no centro de Paris, rodeada pelas águas do rio Sena), a Catedral foi restaurada diversas vezes em seus oito séculos de existência.
Em meados do século 12, essa igreja romana passou a ser muito pequena para a população de Paris, cujo crescimento havia disparado. Surgiu então o projeto de construir uma imensa catedral, de 135 metros de largura e 40 metros de altura, uma testemunha da prosperidade relativa do momento, quando a fome e as epidemias diminuíram.
O século 13 foi considerado um período negro para a catedral. Os líderes religiosos, estimando que os coloridos vitrais "comiam a luz", substituíram muitos deles por cristais brancos.
Com a Revolução Francesa, a catedral foi fechada e nacionalizada. Seus tesouros foram roubados e a construção foi usada para armazenar alimentos.
Em 1801, a catedral foi restaurada para celebrar um acordo entre a França e a Santa Sé e para a coroação de Napoleão Bonaparte, em 1804. Mas em 1831 voltou a ser saqueada e seus vitrais foram quebrados.
No período romântico, que enaltecia a expressão artística de outras épocas, a Notre-Dame foi vista com novo interesse. Foi então que o escritor Victor Hugo, em seu livro "Notre-Dame de Paris", publicado em 1831, lançou o grito de alarme, alertando que a histórica catedral estava em ruínas.
A "ressurreição" da construção começou em 1844, guiada pelo arquiteto francês Eugène Viollet-le-Duc. A restauração, que respeitou materiais, estilos e épocas, se estendeu durante 23 anos. Em 1991, a catedral foi restaurada novamente.