Academica Arquitetura
Canoas
2011
INTRODUÇÃO
A arte gótica é capaz de despertar uma sensação de espiritualidade em todas as pessoas, crentes ou descrentes na filosofia católica, conforme afirma o autor Cheney (1992) em um dos livros utilizados como referência deste estudo. Inspirado nesse sentimento inicia-se o processo de escolha do tema deste trabalho. O saber comum induz a França e assim, num processo de associação mútua, relacionam-se as palavras: França, Paris, Catedral de Notre Dame.
Atualmente, a imagem de cartão postal mais conhecida de Paris é a Torre Eiffel, mas será possível desassociar essa cidade da Catedral de Notre Dame? Considerando que a torre possui 122 anos e a catedral quase 800, é fato que esta igreja permeia o consciente coletivo da humanidade há muito mais tempo. Portanto optou-se por estudar esta catedral, sendo esse o objetivo principal deste trabalho.
A primeira bibliografia consultada foi o “Guia dos Monumentos Misteriosos de Paris”, de Jean-François Blondel (2010). Esta obra expõe a catedral enquanto ponto turístico e apresenta inúmeras curiosidades a respeito, que despertam um interesse ainda maior sobre o tema. Após esta leitura, outras obras foram sendo utilizadas, dentre elas Bracons (1992), Cheney (1995), Janson (2001) e Arquidiocese da Catedral (2011), que é seu o site oficial.
Uma revisão inicial sobre o estilo gótico é necessária para entender o tema, portanto, é apresentada como primeiro item do referencial teórico para, posteriormente, ser desenvolvido o assunto principal do estudo.
1 A ARTE GÓTICA
Cheney (1995, p. 221) afirma que a arte gótica “é uma das mais claras flamas do espírito cristão”. Portanto, este estilo teve início quando o europeu medieval se liberta da autoridade romana, “quando o entusiasmo popular e a fé transcendiam às divergências de papas e imperadores, para serem expressos em realizações estéticas comunitárias”.
Ainda segundo Cheney (1995), o termo