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O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com o Césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, em Goiás. Foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete.
Tudo começou quando o dono do ferro velho Devair Ferreira achou bonito o brilho do Césio-137 (muito parecido com sal de cozinha) e decidiu levá-lo para casa e mostrar para esposa e para os amigos. Seu irmão Ivo Ferreira emprestou a cápsula e mostrou para a filha de apenas 6 anos, Leide, ela brincou com a cápsula e ingeriu juntamente com ovo cozido. Leide morreu poucos dias depois, a menina é a pessoa que mais recebeu radiação no mundo inteiro (6,0 Gy, 600 REM), seu caixão pesava 700 kg revestido de chumbo para evitar a saída de radiação. A população tentou impedir o enterro da menina e da esposa de Devair Ferreira, com receio de que a radiação poderia contaminar o local.
Antes mesmo de morrer Maria Gabriela, mulher de Devair, quando começou a sentir os sintomas (náuseas, vômitos, tonturas) decidiu ir ao médico levando consigo a cápsula de Césio-137 dentro da bolsa contaminando a todos por onde passava. O médico recorreu a especialistas de radiação, fazendo que todos que tiveram contato direto passassem por um processo de descontaminação no Hospital Naval Marcílio Dias. Houve 104 mortes e 1600 pessoas foram contaminadas.
Devair Ferreira passou pelo processo de descontaminação, mas morreu 7 anos depois. Efeitos químicos:
- A contaminação em Goiânia originou-se de uma cápsula que continha cloreto de césio - um sal obtido a partir do radioisótopo 137 do elemento químico césio.
- O material radioativo dentro da cápsula totalizava