Nota Jornal Bruno Gomes

Da ditadura a redemocratização: 50 anos de altos e baixos
O Brasil passou por um momento difícil da década de 60 a metade dos anos 80, mas retornou a democracia graças à força do povo.

Por Bruno Gomes

Em 2014, completou-se 50 anos da ditadura militar, um fato que trouxe mais prejuízos do que benefícios, assim como vários outros países da América Latina que tiveram governos militares, como o Chile e a Argentina, por exemplo. Por outro lado, promoveu um grande ciclo de desenvolvimento no país, como melhorias na infraestrutura (portos, estradas, a rodovia Transamazônica) e a instalação de fábricas, com a criação da Zona Franca de Manaus.
A instauração da ditadura teve como principal objetivo impedir que o Brasil sofresse uma revolução socialista e encontrar uma solução para a crise econômica da época, herança do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). “É difícil resumir os últimos 50 anos da situação política, social e econômica do Brasil, mas eu posso considerar que o Brasil evoluiu muito, principalmente quanto à liberdade de expressão, a liberdade de opinião que antes era bastante restrita no nosso país. Hoje nós temos uma imprensa combativa, que faz de tudo, tem plena liberdade para combater principalmente a falta de ética na política e também os malfeitos por parte das instituições e dos políticos que fazem às vezes dessas instituições”, afirma Zarcillo Barbosa, jornalista e comentarista político do Vivacidade, da 96 FM de Bauru.
A década de 70 ficou marcada pelo “milagre” econômico do governo Médici, mas isso trouxe um aumento da concentração de renda que acontece até hoje. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 20% dos brasileiros mais pobres tinham 3,9% do total da renda nacional em 1960. Vinte anos depois, em 1980, esse mesmo um quinto da população concentrava apenas 2,8% de toda a renda produzida no país. Outro fato notório dessa década foi a abertura política “lenta, gradual e segura”, proposta pelo