nota 10
Escritor inglês e contemporâneo de Verne, H.G. Wells foi o primeiro autor a brincar com uma fantasia que encanta a ciência e mexe, em alguma medida, com todos nós. Wells é o autor de “A Máquina do Tempo”, de 1897. Herbert George Wells também escreveu “Guerra dos Mundos”, onde nosso planeta é invadido por alienígenas e um conflito se instaura. Felizmente, não podemos considerar isso um acerto.
Sacadas: como sabemos, Wells não previu, ao menos por enquanto, a criação de uma máquina capaz de nos levar em viagens temporais. Mas para ambientar as épocas que seu personagem visitou, foi preciso exercitar muita imaginação. Ele conseguiu presumir que nossas cidades teriam arranha-céus, algo que o mundo não conhecia na época.
O escritor também teve sensibilidade para analisar o destino das nações europeias: observando o barril de pólvora das disputas coloniais e revanchismos por séculos de conflitos, Wells supôs as Guerras Mundiais, que marcaram o início do século XX. Wells só errou de ano: George, o protagonista da história, se depara com guerras e arranha-céus na Inglaterra de 1966.
Em “The World Set Free”, de 1914 (“Mundo Libertado”, em tradução livre), Wells falou em bombas atômicas. Em 1914, as teorias de Einstein, que tornaram o uso desse tipo de armamento possível, ainda eram pouco conhecidas. O inglês também imaginou o uso bélico de máquinas voadoras, que depois conheceríamos como aviões.
HG Wells ( 1866 – 1946)
A lista de invenções e ideias de Wells que se tornaram realidade é impressionante. Em Guerra dos Mundos (1898), ele descreve o laser e, em When the sleeper wakes (1899), fala de portas automáticas. Wells não descreveu especificamente o celular, mas falou de um futuro em que as pessoas usariam meios de comunicação sem fios e correios de voz em alguns de seus romances. Suas “previsões” sobre a guerra também foram impressionantes. Tanques, bombardeamentos aéreos e mesmo bombas nucleares já estavam descritos em seus livros.
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