Not welcome
Por mais que te desdobres em controles, inspeções, suspeitas, ameaças, espionagens, não poderás apagar o estigma.
Por mais que exerças arbítrio sobre os excluídos, submetidos, algemados, não poderás apagar o estigma.
Por mais que argumentes com estratégias, calcomanias, supremacias, invulnerabilidades, agressões, transgressões e desvarios,não poderás apagar o estigma.
Por mais que espanques, abuses, violentes, esfoles, que apliques choques elétricos, que arranques unhas e olhos, que globalizes a intolerância e a hemorragia, não poderás apagar o estigma.
Por mais que proliferes feras, pragas, dragões, por mais que multipliques espadas de fogo, tentáculos, abominações, garras de fúria e mentiras nunca poderás apagar o estigma. GOMES, Márcio Catunda Fereira
Lorena Maria Marinho Ribeiro
Nara Drumond de Carvalho
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O presente artigo irá abordar a questão da exclusão e do estigma através de uma leitura do filme Welcome, do diretor Philippe Lioret produzido na França no ano de 2008, além, de fazer uma mensuração com o tema abordado na perspectiva psicanalítica.
É de grande importância iniciarmos este artigo mencionando a questão da sociedade excludente no que se refere ao diferente, ou seja, a sociedade exclui tudo aquilo que se torna aversivo para si, não se dando a oportunidade de enxergar aquilo que vai além de seus próprios horizontes.
Desta maneira a enciclopédia livre Wikipédia define exclusão como: dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo. Estes grupos ‘excluídos’ ou, que sofrem de exclusão social, carecem assim de uma estratégia ou política de inserção de modo a que se possam integrar e ser aceitos pela sociedade que os rodeia. Desta maneira, a exclusão tira o sujeito da realidade social e o coloca em um patamar submisso a todos que o rodeiam. Neste