Normas de transcrição
I) Português Popular ("Transcrição Chico Bento")
Referência Bibliográfica:
RODRIGUES, Angela Cecília de Souza. (Org., no prelo) Português Popular Brasileiro em São Paulo: materiais para seu estudo. São Paulo, Ed. Humanitas, FFLCH/USP.
NORMAS DE TRANSCRIÇÃO CONVENCIONAL (Português popular)
As normas básicas de transcrição convencional (não fonética) são aquelas sugeridas em
RODRIGUES e FERREIRA NETTO (2000), com algumas alterações e/ou acomodações exigidas pelo material coletado.
Princípio Geral
A transcrição convencional deve levar em conta a produção real do falante, buscando representar os fonemas o mais próximo possível de como efetivamente são realizados, ainda que usando os sinais e, em parte, as normas ortográficas da língua portuguesa. Assim:
a) com poucas exceções (fatos de aglutinação mais frequentes), são obedecidas as normas de separação vocabular do código escrito. Trata-se de uma transcrição ortográfica com algumas acomodações. b) são fixadas realizações peculiares dos informantes que, até certo ponto, constituirão, ou poderão constituir, pistas para identificação de outros traços fonéticos ou morfossintáticos de sua fala. Ex. médio por médico, narfabeto por analfabeto. Caso se torne difícil a compreensão do vocábulo transcrito, ele é representado em rodapé segundo as normas ortográficas vigentes.
Fatos Prosódicos
1. Segmentação da cadeia falada – As pausas são representadas por reticências. Assim, não são usados os sinais de pausa típicos da língua escrita: vírgula, ponto-e-vírgula, dois pontos, ponto final. Ex. num tava duenu nada... travessei o reberão... fui... tinha a fazenda comprendeu?
2. Entonação – O ponto de interrogação é usado para marcar frases interrogativas e imediatamente após marcadores conversacionais realizados com curva entonacional ascendente.
Ex. né?
3. Letras maiúsculas só são usadas para indicar ênfase, ou seja, são grafadas com