Normalista
Adolfo Caminha (1867-1897)
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ÍNDICE
Nota Informativa
Autor
CAPÍTULOS
I II III IV V VI
VII VIII IX X XI XII
XIII XIV XV
A Normalista
Adolfo Caminha
NOTA INFORMATIVA
O romance A normalista foi publicado em 1893, há mais de 100 anos, portanto.
Por esse motivo, é impossível lê-lo como se lê uma obra escrita nos dias de hoje. Em primeiro lugar, é preciso que o leitor se transporte para um tempo anterior ao seu nascimento, do qual ele só poderia conhecer através de leituras ou de outras informações. A experiência pessoal do leitor, aquela que ele vai acumulando na vivência do seu dia-a-dia, muitas vezes pouco tem a ver com o local, os acontecimentos e a moral que serviu para situar o drama vivido pelos personagens de um romance como A normalista.
Logo no primeiro capítulo, o leitor precisa da ajuda do dicionário para saber o que é um amanuense, ou captar o sentido de frases ou expressões como as insinuações malévolas da alcovitice vilã. E o víspora? Será
que todo jovem reconheceria nesse jogo um precursor do bingo atual? E phaeteon, caiporismo, redingote, coxia (no sentido de calçada), botica? E o tratamento de vossemecê?
No caso de A normalista, outro problema de linguagem se coloca: o regionalismo. Além de ter de deslocar a sua imaginação e a sua compreensão no tempo, o leitor se vê diante de expressões restritas ao local em que se desenrola a história do romance. Nesse caso específico de A normalista, em Fortaleza, no Ceará, mas expressões que também podem ser de uso corrente em todo o Nordeste.
O professor e pesquisador literário M. Cavalcanti
Proença escreveu que Adolfo Caminha teve a preocupação de se não tornar pomposo ou oratório, o que abriu lugar para muito material de linguagem regional de estilização do coloquial.
Assim, recolhemos os exemplos bichinha, rapariga de família, o peru era uma excelente bebida, e mesmo ditos populares como: pela cara se