Noite na taverna - análise
A narrativa é composta de sete quadros intitulados: "Uma noite do século", "Solfieri", "Bertram", "Gennaro", "Claudius Hermann", "Johann" e "Último beijo de amor".
O enredo se passa com um grupo de jovens numa taverna. Reunidos, eles contam histórias por assuntos diversos, mas com um elo comum: todas são trágicas, impregnadas de vícios, de crimes hediondos que vão de assassinatos a incestos, de infanticídios e fratricídios. Todos os casos são repassados de amor pervertido, cujos pares se envolvem em relações delirantes, absurdas e pouco reais.
b) Personagens: Protagonistas: Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann, Johann, Artur, Geórgia.
Personagens secundários: Mulher de Solfieri, Ângela, Godofredo Walsh, Laura, Naura, Eleonora, Duque Maffio.
c) Tempo: O livro foi escrito tanto em tempo cronológico como em tempo psicológico. O tempo que decorre dentro da taverna é cronológico, real: “Cala-te, Johann! Enquanto as mulheres dormem e Arnold - o loiro - cambaleia e adormece murmurando as canções de orgia de Tieck, que música mais bela que o alarido da saturnal? Quando as nuvens correm negras no céu como um bando de corvos errantes, e alua desmaia como a luz de uma lâmpada sobre a alvura de uma beleza que dorme, que melhor noite que a passado ao reflexo das taças?”
Ocorre o que chamamos flash back. A partir do momento que os jovens começam a contar suas histórias, eles mergulham nas lembranças do passado e o tempo passa a ser psicológico. “Era em Roma. Uma noite a lua ia bela como vai ela no verão por aquele céu morno, o fresco das águas se exalava como um suspiro do leito do Tigre. A noite ia bela”.
No decorrer do livro, há uma alternância entre estes dois tempos. Quando uma personagem está contando sua história, ela retorna ao ambiente da taverna, não permanecendo direto no tempo psicológico.
d) Ambiente:
De início, o ambiente é uma taverna. Através das conversas entre os jovens boêmios vemos que estes estão em profunda