Noam Chomsky: Gramática Universal
1449 palavras
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Noam Chomsky é considerado o fundador da gramática generativo-transformal que do seu ponto de vista constitui a base para o desenvolvimento de uma gramática comum a todos os idiomas. Segundo ele, a aparição da linguagem humana constituiu uma importante descontinuidade na evolução que seria inexplicável se não dispuséssemos de uma metodologia inata, codificada geneticamente, algo como princípio geral para a aquisição de conhecimento a partir dos dados da experiência. A capacidade de dominar uma língua parece ser única nos seres humanos. E dominar uma língua não é apenas associar palavras, conceitos e objectos. Saber uma língua é saber juntar palavras de uma maneira correcta numa frase estruturada, sendo um dos aspectos mais centrais da nossa capacidade linguística o facto de essa capacidade ser produtiva e sistemática. Sabendo um número limitado de palavras e conhecendo explicitamente o número de regras linguísticas e gramaticais, somos capazes de compreender e produzir um número indefinidamente grande de frases (mesmo as que nunca tínhamos ouvido ou produzido antes).
Chomsky tem como base dos seus estudos a tese de que todos os seres humanos nascem detentores de um conjunto determinado de conhecimentos do idioma universal, constituindo estes a “estrutura profunda” da língua. Desta forma, ele opõe-se à teoria behabiorista que defende que todos os conhecimentos do idioma têm de ser aprendidos. Este autor considera que existe nos seres humanos uma faculdade cognitiva específica, um módulo da mente a que chama “faculdade da linguagem”. Trata-se de uma característica universal e, portanto, comum a todos os seres humanos que ele procura analisar através de uma gramática universal (GU). Desta GU resultariam gramáticas mentalmente representadas das línguas realmente faladas, como o português ou o chinês. Há que notar que essa gramática tem que ser universal, caso contrário as crianças não poderiam falar uma língua. É curioso ver como para os adultos é