No Filme Em Boa Companhia
798 palavras
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No filme Em Boa Companhia, Dan Foreman é um daqueles executivos completamente apaixonados pelo trabalho, dono de uma simpatia capaz de contagiar a todos no escritório da revista de esportes onde é vice-presidente da área de vendas, alguém que realmente se importa e acredita no que faz. É pai e marido atencioso, e tem uma vida aparentemente perfeita. Isto até o momento em que um milionário conglomerado de mídia compra a revista e decide reestruturar toda a sua equipe – não importa se os que estão lá são competentes e têm suas vidas ligadas à empresa a um longo tempo, o que vale é a lei das grandes corporações: chegar com a sua equipe nova e de confiança e começar tudo da estaca zero – podendo significar a demissão de Foreman. O que acontece é que ele não perde seu emprego, mas é rebaixado de seu posto e passa a ser subordinado de um moleque de 26 anos, o workaholic Carter Duryea, um recém-executivo de publicidade tão completamente devotado ao trabalho que consegue ser abandonado pela esposa Kimberly apenas sete meses depois de casados.
Como Carter não é bobo, e sabe ser completamente inexperiente na venda de espaços publicitários de uma revista, faz de Foreman seu "braço direito", aquele que deve ficar por perto para poder sugar seus conhecimentos e traduzir em números e gráficos o crescimento financeiro esperado pela corporação. Afinal, aqui a grande vilã é a cruel Globecom, empresa que não tem dó em ordenar freqüentes "cortes de custos" e tudo o que for necessário para aumentar as receitas. O que não combina com Dan Foreman, o bom coração que mantém a mesma equipe à décadas e que se sente perdido a cada vez que um novo "corte" de um de seus companheiros é feito.
O maior mérito do filme, sem dúvida, é seu fator humano. Mesmo que se utilize do artifício de mostrar as grandes corporações (com suas fusões, compras e vendas que se importam somente com os lucros como resultados) como o mal supremo deste tempo de globalização, isso só serve para mostrar a dicotomia