Nióbio

A miopia brasileira e o nióbio: O nióbio é um metal dúctil, cinza brilhante, que em contato com o ar passa a adquirir uma coloração azulada. Devido a alta resistência de suas ligas metálicas, o nióbio é usado em diversas áreas, bem como na indústria nuclear, joias, ou em equipamentos que necessitam de altas resistências a combustão (motores a jato e foguetes). A capacidade de se converter num supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas, coloca o nióbio na vanguarda das novas tecnologias na transmissão de energia, uma vez que funciona como um diamagnético perfeito e pode conduzir corrente sem resistência e nem perdas. O Brasil apresenta 97% de todo o nióbio do planeta e também foi agraciado com as maiores jazidas mundiais que se encontram na reserva indígena Raposa-Serra do Sol e na região da histórica e bela cidade de Araxá em Minas Gerais (os outros 2% se encontram na Rússia). O seu preço de comercialização é definido na Bolsa de Metais de Londres na Inglaterra, que tem um preço médio do metal 100% puro por US$ 90 por quilo. O preço definido é muito aquém do valor que esse metal tem e a sua importância para os países desenvolvidos que tem como único fornecedor de nióbio o Brasil. Nós, maiores exportadores, lhes vendemos o metal a preço de banana para que posteriormente nos vendam seus produtos industrializados cujo preço ganha fatores de multiplicação muitas vezes maiores que o preço inicial da nossa matéria prima. Tais fatos demonstram a visível falta de visão estratégica do Brasil, enquanto os países mais desenvolvidos compram o nosso nióbio, o estoca para o futuro e faz dele insumo de suas mais avançadas tecnologias. Não bastando a falta de preparo do governo brasileiro, localiza-se na Amazônia as maiores reservas de nióbio. A vigilância desta área é vital, pois além do nióbio e outros minerais, algumas ONGs internacionais cujas atividades não foram esclarecidas até hoje estão se instalando e alterando a atuação dos indígenas da