NIKE MARCA
E foi assim que ela se consolidou, principalmente a partir dos anos 90 com Michael Jordan e outros heróis do esporte como estrelas das campanhas. Paralelamente, a Nike patrocinava seleções de vários níveis em diversas modalidades esportivas. Mas foi com os anúncios de “pessoas comuns” em situações de superação que a marca atingiu seus melhores resultados, tanto em vendas quanto na imagem. Ela ficou tão reconhecida que podia dispensar a assinatura e exibir apenas o “zás” (que são as asas de Niké estilizadas).
Resumindo, a Nike é o exemplo célebre do arquétipo do Herói. Mas uma marca arquetípica também está suscetível a erros se não souber controlar seu lado “negro”. Se pensarmos nas histórias de heróis, da mitologia grega aos personagens dos quadrinhos, há sempre um deslize em comum: a arrogância. Quando o herói fica obcecado pela vitória tende a ignorar os riscos à sua volta e assumir atitudes desumanas.
Foi exatamente o que aconteceu com a Nike quando explodiram as denúncias de trabalho escravo na China, há cerca de uma década. A empresa não soube contornar o escândalo e tomar as atitudes corretas para limpar sua imagem. Apesar de ainda ser uma das companhias mais valiosas do mundo, a associação com trabalhadores explorados é lembrada até hoje. Um episódio para deixar qualquer herói morrendo de vergonha…