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Fichamento do artigo ‘’Psicologia e justiça. A psicologia e as práticas judiciárias na construção do ideal de justiça’’

Ao longo da história humana, é possível observar as regras de convivência humana se complexificando e absorvendo aspectos de diversas áreas do conhecimento. Estas regras de convivência são a base do Direito e, uma vez que elas se mostram cada vez mais complexas, é necessário também aperfeiçoar o Direito para que suas regras sejam condizentes com a realidade.
Em busca disso, o Direito aliou-se à Psicologia, tendo como objetivo a adição de diagnósticos psicológicos precisos a julgamentos, resultando assim em uma aproximação do conceito abstrato de justiça.
As crianças, adolescentes e ‘’loucos’’ são os que mais usufruem a aliança do Direito e da Psicologia. Os adolescentes estão se tornando sujeitos de direito, através da diminuição da idade mínima para votar e a questão da idade da responsabilização civil e penal. Estes movimentos indicam a necessidade de dar palavra ao jovem para que ele possa se posicionar, mas uma palavra que venha acompanhada de deveres. Rompe-se o antigo falso protecionismo do Estado e das famílias. Não basta protegê-los, eles precisam reivindicar e serem reivindicados. Os adolescentes ainda não possuem, juridicamente, a palavra plena, mas é preciso dar a eles a chance de irem alcançando-a.
Com relação às crianças, o problema da família evidencia-se muito mais. A família passa hoje por uma transformação muito intensa. A configuração familiar é muito diversa, desde o número crescente de adolescentes grávidas, de mulheres que optam por criarem os filhos sozinhas, de filhos de pais separados e recasados, situação cada vez mais comum, até a oficialização da união homossexual e quiçá sua demanda por adoção de crianças.
Não é incomum que quando as crianças que foram adotadas ilegalmente - o famoso "pegou para criar" - chegam à adolescência e começam a criar problemas, seus pais adotivos buscarem os órgãos judiciários para