Nietzsche
Página 5:
“[...] a verdade aniquila a vida e a tarefa da arte é salvá-la. Nietzsche é então e já o filósofo trágico que se opõe à idolatria da verdade e ao otimismo vazio dos modernos. ”
“O pathos da verdade seria, na sua visão, um estado de ânimo produzido por uma situação de desvalimento característica da condição humana: o homem como animal efêmero e iludido. ”
Página 6:
“[...] o intelecto, era para Nietzsche fugidio, transitório e com um horizonte muito limitado. [...] o intelecto ilude, dissimula, forja imagens luminosas, tudo para lançar um véu sobre esse fundo trágico e assim continuar vivendo. ”
“ A verdade e a mentira são ditas a partir do critério da utilidade ligada à paz no rebanho. Assim, os gestos, as palavras e os discursos que manifestem uma experiência individual própria em oposição ao rebanho, ou não são compreendidos ou trazem mesmo perigo para aqueles que assim se mostrem. ”
Página 7:
“[...] o homem é o “gênio da arquitetura”; ou seja, aquilo que o caracteriza enquanto homem é exatamente este intelecto que ele carrega consigo com tamanho orgulho e obstinação, e que é ao mesmo tempo “o mestre da dissimulação”, cuja tarefa específica é metaforizar o mundo em sons, palavras e conceitos, de modo a não somente tentar capturar o mundo nos seus pesados escaninhos, mas sobretudo aparelhá-lo de tal maneira que ele possa existir mais um minuto sobre a terra. ”
Página 8:
“Este orgulho ligado ao conhecimento e à percepção, névoa que cega o olhar e os sentidos do homem, engana-os sobre o valor da existência, exatamente quando vem acompanhada da avaliação mais lisonjeira possível com relação ao conhecimento. ”
Página 9:
“No estado de natureza, na medida em que o indivíduo quer conservar-se diante dos outros indivíduos, ele não utiliza sua inteligência o mais das vezes senão com fins de dissimulação. ”
Página 10:
“[...] os homens fogem menos da mentira do que do prejuízo provocado por uma mentira. Fundamentalmente, não detestam