Nietzsche
Nietzsche e a Educação Aos 24 anos Nietzsche se torna professor de filologia clássica na Universidade de Basiléia, na Suíça. Desde os primeiros anos de sua atividade como professor, sabe que não poderá suportar por muito tempo o mundo acadêmico, o enclausuramento em uma disciplina. Sua instintiva aversão pela especialização, pela cultura enciclopédica e livresca com que os professores pretendiam educar seus alunos, e sua ambição em ser mais do que um simples professor crescem a cada dia. Nietzsche despreza o sistema educacional que tem sob seus olhos. Esse sistema visa a promover o "homem teórico", que domina a vida pelo intelecto, separa vida e pensamento, corpo e inteligência. Em lugar de procurar colocar o conhecimento a serviço de uma melhor forma de vida, coloca-o em função de si próprio, de criar mais saber, independentemente do que isso possa significar para a vida. Assim, avesso á erudição acadêmica, o jovem professor Nietzsche sonha com um ideal de educação que o estudo dos gregos pré-platônicos lhe revelara, uma educação ancorada nas experiências da vida de cada indivíduo, em que "os modos de vida inspiram maneiras de pensar e os modos de pensar criam maneiras de viver". Poucos professores foram tão estimados pelos alunos quanto Nietzsche. Seu temperamento, suas maneiras, o charme de sua personalidade afável fascinava-os. Tinha o poder de entusiasmar os jovens para a disciplina que ensinava. Excelente professor, não visava ao simples acúmulo de conhecimento – pelo contrário, insistia no desenvolvimento do senso crítico e da atividade criadora de cada um. Incitava os alunos a