nietzsche
Com o fim do século XIX, a filosofia mais uma vez chegou a um momento decisivo. A ciência, apoiada em teorias como a da evolução de Darwin, rejeitou a ideia do universo como criação de Deus. A filosofia moral e política concentrou-se no ser humano, com Karl Marx declarando que a religião “é o ópio do povo”.
Friedrich Nietzsche, seguindo os passos de Schopenhauer, acreditava que a filosofia ocidental, com suas raízes gregas e judaico-cristãs, estava mal preparada para explicar essa moderna visão de mundo.
Nietzsche é considerado um dos mais influentes filósofos da modernidade e suas idéias determinaram a agenda de grande parte da filosofia do século XX. Ele propôs uma abordagem radical para encontrar um significado na vida, que envolvesse rejeitar ou destruir valores e tradições antigas.
“Deus está morto!”
Quando Nietzsche afirma que Deus está morto, ele não se refere ao Cristo morto na cruz, ou reivindica para si a qualidade de assassino de Deus. Pelo contrário, o filósofo aponta o dedo para a humanidade e diz “Nós o matamos, vocês e eu! Somos nós os seus assassinos!” Além disso, Deus aqui, não significa apenas a divindade para o qual os religiosos rezam: ele é a soma de todos os valores ditos elevados que podemos ter.
Um dos objetivos centrais da filosofia de Nietzsche é o que ele chamou de “revaloração de todos os valores”, tentativa de questionar as maneiras habituais de pensar sobre a ética e sobre os sentidos e objetivos da vida. Nietzsche acreditava que, ao fazer isso, estava inaugurando uma “filosofia da alegria” – que, embora subverta tudo o que pensamos sobre o bem e o mal, procura afirmar a vida. Ele defendia que muitas das coisas que pensamos ser boas, são, na verdade, maneiras de limitar a vida.
Nietzsche chega a dizer que esses valores morais são invenções dos fracos, que inverteram o sentido de bom e virtuoso para favorecer o misticismo, o que nega o corpo em favor da alma, e que, portanto nega a vida.
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