Nicolau Maquiavel - O Principe
Três alegorias: O Príncipe, Virtú(virtude), Fortuna.
Na Europa no século XV, mais precisamente na península itálica, Nicolau Maquiavel descreve o príncipe como alguém capaz de exercer soberania, conquistar territórios, e manter o poder político. Para que isso ocorra, ele não poderia ficar limitado à moralidade vigente e aos costumes da época em que vivia. A humanidade era vista por Maquiavel de maneira fria, cruel e pessimista, e aos homens como seres trapaceiros, mentirosos e ruins. Nesse contexto, para manter o poder, o príncipe não deveria diferenciar-se daqueles a quem governava cabendo somente a ele o ato de mentir corromper e não cumprir com a palavra. Maquiavel, para explicar como os governantes deveriam escolher estratégias para conseguir o poder, e quais os imprevistos que podem limitar o poder de ação dos governantes, estabeleceu conceitos de virtú(virtude) e fortuna. Sendo a virtú, a capacidade de adaptação aos acontecimentos políticos que levaria à permanência ao poder. Funcionaria como uma barragem que deteria os desígnios do destino. O autor relata nessa circunstância quando o homem é possuidor de virtudes se, não alterar a conduta podem perder o poder quando as situações mudam. Quanto a fortuna coube a Maquiavel associa-la a uma deusa romana da sorte, que simboliza aos fatos inevitáveis acarretados aos seres humanos. Suas ações são imprevisíveis podendo fazer males ou bens a qualquer ser, assim como conceder-lhe o poder ou tira-lo. Fortuna é um fator externo ao homem podendo subordina-lo cabendo a ele no principio criar medidas de controle a longo prazo para controla-la futuramente. De acordo com Maquiavel a fortuna é como:
Um desses rios torrenciais que, quando se encolerizam, alagam as planícies, destroem as árvores e os edifícios, carregam terra de um lugar para o outro; todos fogem diante dele, tudo cede ao seu ímpeto, sem poder opor-se em qualquer parte. E, se bem assim ocorram, isso não impedia que os homens,