Neves corvo
Tin distribution in soils and plants, Cistus ladanifer L., in Neves Corvo mining area
M. J. Batista1, M. M. Abreu2 & M. Serrano Pinto3
RESUMO A área mineira de Neves Corvo inclui a Mina de Neves Corvo (MNC) cuja exploração teve início em 1988 para Cu e Sn e outras seis minas de Mn e Cu já abandonadas. Na região ocorrem formações geológicas do Complexo Vulcano-Sedimentar (CVS) hospedeiras dos sulfuretos maciços portadores das mineralizações e formações do grupo do Flysch compostas de xistos e grauvaques. Neste trabalho, estudou-se a distribuição do estanho nos solos e a sua capacidade de absorção e translocação pelas plantas (Cistus ladanifer L.) na área mineira de Neves Corvo. As amostras foram colhidas em duas campanhas, entre 1971-72, cerca de 27 anos antes da laboração na MNC, e numa 2ª campanha (1998), 10 anos após o inicio da laboração desta mina, onde nos mesmos locais foram colhidos solos e plantas. As amostras de solos (horizonte superficial), de ambas as campanhas, e de plantas da 2ª campanha foram sujeitas a digestão com
quatro ácidos para análise total dos elementos por ICP-AES. Os solos das duas campanhas, desenvolvidos no Flysch, apresentam as mesmas concentrações médias de Sn (2,9 mg kg-1), contrariamente ao que acontece nos solos que cobrem as formações do CVS cujas concentrações na 2º campanha são cerca do dobro das da primeira (4,5 e 10,4 mg kg-1, respectivamente na 1ª e 2ª campanhas), notando-se assim a influência da actividade mineira nestas formações que são hospedeiras da mineralização de estanho. No entanto, em ambos os casos, os solos apresentam concentrações médias de Sn consideradas de fundo geoquímico. Em geral, as plantas apresentam concentrações de Sn mais elevadas nas raízes do que na parte aérea. Os solos apresentam teores de Sn inferiores aos das plantas indicando que estas têm capacidade para acumular aquele elemento. Este facto, pode