neurotransmissores

Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas.
Através dos neurotransmissores, informações podem chegar até as demais células. Podem, ainda, estimular a continuidade de determinado impulso ou efetuar certa reação final no órgão ou músculo alvo. Tais substâncias químicas atuam no encéfalo, na medula espinhal e nos nervos periféricos e na junção neuromuscular ou placa motora.
Este trabalho tem por objetivo apresentar as características e ações dos neurotransmissores no organismo, bem como especificar alguns destes e sua área de atuação.
Quimicamente, os neurotransmissores são moléculas pequenas e simples. Normalmente, eles ficam armazenados em vesículas dentro da célula neuronal e são liberados quando há o estímulo nervoso.
Diferentes tipos de células secretam determinados tipos de neurotransmissores, sendo que cada substância química cerebral funciona em áreas distintas, porém muito específicas do cérebro. A liberação do neurotransmissor dá-se por exocitose, onde após a fusão da membrana vesicular com a membrana présináptica, o neurotransmissor é liberado para a fenda sináptica. Este processo diferencia, no entanto, se o neurotransmissor é peptídico ou não. As vesículas que contém neurotransmissores peptídicos podem fundirse em variados locais da membrana pré-sináptica; já as que contém neurotransmissores não peptídicos fundem-se apenas em locais específicos da membrana pré-sináptica, chamados zonas ativas. O processo de liberação dos neurotransmissores não peptídicos envolve por sua vez três etapas: docking, priming e fusão, nas quais participam mais de 25 proteínas. Nas duas primeiras etapas há uma aproximação entre a membrana vesicular e a membrana pré-sináptica e a vesícula funde-se com a membrana pré-sináptica. A fusão das vesículas por sua vez está dependente do aumento da concentração citoplasmática de Ca2+. Este aumento resulta da entrada de Ca2+ derivado do meio extracelular através de canais