Neuroses
Toda generalização pode conter erros, mas comumente o neurótico:
- mostra perturbações cognitivas e emocionais severas;
- raramente deixa de estar voltado para seu ambiente; - continua mais ou menos em contato com a realidade;
- tem alguma compreensão da natureza do seu comportamento;
- dificilmente se comporta de maneira perigosa para si ou para os outros;
- raramente exige hospitalização.
Sendo a neurose fenômeno da vida humana, não devemos admirar seja complexa, como qualquer fato vital.
Segundo Freud, deve-se procurar a causa das neuroses na repressão do impulso instintivo (libido) por parte do “ego” consciente. Adler vê a causa das neuroses na inferioridade organiza. Jung as explica como expressão de gosto ou preconceito da integridade da personalidade que reúne em si as antíteses. Para Kunkel as neuroses derivam da atitude egoísta do homem que foge e desanima diante das responsabilidades. Speer coloca-as numa elaboração defeituosa da experiência. Ringel aponta a essência das neuroses no conflito psíquico entre tendências conscientes e inconscientes.
De tal disparidade de pontos de vista, por parte de médicos, psiquiatras e psicólogos insignes, resulta que seria pelo menos imprudente que pretendesse reivindicar hoje como verdadeira a própria e somente a própria definição da essência das neuroses.
No entanto, a definição dada por S. H. Frazier A. C. Carr: “Neurose é uma alteração na qual permanece relativamente intacta a apreciação da realidade”.
Passemos agora a analisar as principais reações neuróticas.
1.1 REAÇÃO DE ANSIEDADE
O paciente é tomado por sentimentos generalizados e persistentes de intensa angústia sem causa objetiva. Pode ser considerada um fracasso parcial das defesas do indivíduo. Alguns sintomas somáticos, ocasionalmente, podem se manifestar, tais como: palpitações do coração, tremores, falta de ar, suor náuseas. Há uma exagerada e ansiosa preocupação por si mesmo. A ansiedade pode não