Neuropsicologia e ética
Como toda ciência, a Psicologia se encontra em relação com as mais novas descobertas nas mais diversas áreas científicas concernentes. Neste trabalho, daremos a devida ênfase à neuropsicologia, que trata a questão dos comportamentos humanos com uma base orgânica, aliando suas explicações ao estudo do cérebro.
Começamos com a definição do que se entende por “neuropsicologia”, usando-nos de livros de autores renomados e de outras variadas fontes confiáveis do que julgamos ser relevante. Depois, pudemos nos ater ao tema principal, que é como se dá a ética em tal perspectiva.
Para tanto, pesquisamos no código de ética de psicologia vigente (2005) e também fizemos menção à bioética devido o caráter biológico envolvido nas pesquisas e trabalhos que são feitos para gerar novas descobertas.
ASPECTOS GERAIS DA CIÊNCIA DA NEUROPSICOLOGIA
Para Luria (1981) a neuropsicologia é a área da Psicologia com o propósito centralizado na investigação do papel dos sistemas cerebrais individuais em formas complexas de atividades mentais. Tem por objetivo "generalizar ideias modernas concernentes à base cerebral do funcionamento complexo da mente humana e discutir os sistemas do cérebro que participam na construção de percepção e ação, de fala e inteligência, de movimento e atividade consciente dirigida a metas.” (Luria, 1981, p.4.). Seus estudos iniciaram no final do século XIX, com soldados feridos de guerra que, pelo acometimento de lesões cerebrais, apresentavam alterações de comportamento, memória, linguagem, raciocínio, o que possibilitou uma maior compreensão do papel do cérebro nesses processos. Um marco importante para a neuropsicologia foram os estudos de Paul Broca, que estudou o cérebro pós-morte de indivíduos que, em vida, apresentavam alguma alteração na expressão da linguagem, que hoje é conhecido como afasia. Identificou entre eles um local de lesão em comum, que corresponde ao terceiro giro, localizado no lobo lateral do hemisfério esquerdo