Neurociência
Gostaria de reforçar isso com as palavras do próprio Hegel, quando afirma: “O verdadeiro é o todo”. Por outro lado, ainda na articulação da verdade e do existir histórico surge a tentação, ou melhor, o perigo, já constatado na modernidade e pós-modernidade, da problemática do Historicismo tanto na sua vertente gnosiológica, que enuncia uma relativização histórica da verdade, enquanto se fixa no aspecto observável e transitório do evento histórico, como também no historicismo antropológico, quando coloca todo o destino da história no protagonismo do homem, aos seus produtos e criações.
O idealismo hegeliano é a tentativa de compreender e explicar a história entendida como desdobramento e realização da razão dialética. A História se converte em instância última, pois a Razão não é exterior nem transcendente, mas imanente ao processo histórico.
Já em Hegel o progresso se exprime em níveis de consciência e o objeto dessa consciência é a liberdade
De modo que o espírito humano parte em primeiro lugar da inconsciência em relação ao tempo histórico, e aos poucos vai tomando consciência do tempo, da historicidade objetiva, quando descobre que o mundo não é eterno, mas está sujeito a mudanças, guerras e revoluções, e por fim a compreensão da temporalidade subjetiva. O tempo histórico é, aqui, o lugar da manifestação sempre mais nítida de um sentido que não pode ser pensado senão como manifestação da ideia que torna pensável a historicidade humana.
A História concreta é compreendida como conteúdo da racionalidade. Isto é, cada fenômeno histórico é um momento da manifestação da razão, que é compreendida como razão universal e mantém um fio condutor, isto é, um caráter teleológico. Embora, na concretude, haja ações contingentes e fatos esmagadores, como se comprovou na história, ainda é a forma da racionalidade, e não seu conteúdo, que mantém a sua força e primazia. Aqui está o otimismo hegeliano. A razão vencerá o mundo, e não o absurdo, embora