Neurociência e leitura
Mesmo o Brasil sendo um país laico, a influência de religiões e filosofias de vida é constante nas escolas.
Em nossa primeira Constituição de 25 de março de 1824 outorgada pelo então Imperador do Brasil, D. Pedro I, institui o ensino da religião católica como parte da educação, 67 anos depois, em 1891, a Constituição sofre uma modificação onde determina a não obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas.
A definição de religião no dicionário é: 1 Crença ou doutrina religiosa, veneração às coisas sagradas; devoção, fé, piedade.
Podemos dizer então que a religião é algo pessoal e intransferível, mas e quando a religião torna-se parte da vida escolar de uma criança?
O professor precisa ser neutro e saber lidar com esses assuntos delicados.
Melhor seria não misturar religião e educação, deixando ambas à responsabilidade de seus respectivos educadores, religião para a família e a educação escolar para a instituição de ensino.
Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a família tem primazia na escolha da Educação que deve dar aos filhos, inclusive quanto à doutrina religiosa a seguir. Se em casa as crianças aprendem a cultuar de uma forma e na escola de outra, nasce um conflito de valores que pode comprometer a aprendizagem. Não é possível haver a imposição religiosa no ambiente educativo. (FISCHMANN, 2009)
Consta na Constituição da República Federativa do Brasil, que o país é laico.
A Constituição Federal de 1988 estabelece a laicidade estatal, definindo o que não se pode incluir em matéria de religião e de relação com instituições religiosas. Sendo do âmbito privado, as religiões e denominações não podem normatizar a esfera pública, sendo limitadas a fazer recomendações a seus adeptos. (LAFER apud FISCHMANN, 2012, p.15)
Porém na prática, no dia a dia escolar as instituições de ensino mesmo que indiretamente, acabam favorecendo uma determinada religião.
A nossa cultura foi influenciada pelo