Neuroanatomia da Depressão
Pesquisas em cérebros de pacientes deprimidos geralmente demonstram padrões de interação alterados entre as várias partes do cérebro. Vários estudos têm encontrado evidências de alargamento ventricular em pessoas que sofrem de depressão, particularmente, o alargamento do terceiro ventrículo. Estas observações são interpretadas como uma indicação de perda de tecido neural em regiões cerebrais adjacentes ao ventrículo alargado, levando a sugestões de que citocinas e mediadores relacionados de neurodegeneração podem desempenhar um papel em dar origem à doença. Destaca-se também, a participação do córtex pré frontal, que possui conexões com estruturas participantes do comportamento emocional, das resposta autonômicas e neuroendócrinas, como as amigdalas, entre outros.
Escaneamento por ressonância magnética em cérebros de pacientes com depressão demonstraram alterações na anatomias em algumas estruturas cerebrais. Tais estruturas estão relacionados ao sistema límbico, sistema relacionado a emoções e comportamentos sociais, e que alterações nesse sistema foram relacionadas com a presença da depressão. De fato, cirurgias em áreas do sistema límbico, como a cingulotomia, que seria a simples secção do fascículo do cíngulo, demonstraram alterações em padrões emocionais de pessoas, podendo melhorar quadros graves de depressão e ansiedade, embora ainda em caráter experimental. Convém notar que muitas estruturas a sistema límbico possui relação com o sistema de memória, demonstrando a associação das emoções ao armazenamento de memória, e de experiências já adquiridas. Vale ressaltar que não foi possível estabelecer a depressão como uma alteração em uma única estrutura do Sistema Nervoso Central, sendo mais provável que alterações e distúrbios em diversas partes de cérebro interajam, em padrões alterados, para causar a depressão. Vale a pena mencionar que no geral, a serotonina estará, em geral, em níveis diminuídos na depressão, e com isso se