Neologismo 1
O prefixo NEO vem do grego e significa “novo”. NEOLOGISMOS são “palavras novas”, que não estão registradas em nossos dicionários nem no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Academia Brasileira de Letras.
O uso de neologismos costuma gerar muita discussão.
Há quem adore as novidades e não faça restrição alguma ao seu uso, e existem aqueles que só aceitam os neologismos depois de devidamente registrados em algum dicionário. E aqui já temos um novo problema. Para o brasileiro em geral, só há um dicionário: o Aurélio. É, sem dúvida, um dos melhores. É bom lembrar que a edição lançada em 1999, última publicada pela Editora Nova Fronteira, apresentava 28 mil novos verbetes. Temos de tomar muito cuidado ao afirmar que tal palavra existe ou não. Quem tem o velho Aurélio pode ser traído pela nova edição.
É importante lembrar também que o dicionário Aurélio apresenta em torno de 180 mil verbetes, que o dicionário Michaelis tem um pouco mais de 200 mil, e que o dicionário Houaiss apresenta aproximadamente 230 mil verbetes. Esses números aumentam a cada nova edição. Isso é normal. É muito perigoso afirmar que uma palavra existe ou não. Tem de pesquisar.
Usar ou não um neologismo torna-se uma questão um pouco subjetiva. Por exemplo, você gosta do verbo DISPONIBILIZAR? É, sem dúvida, um verbo muito usado no meio empresarial. É adorado por alguns e detestado por outros, principalmente por aqueles que descobriram que DISPONIBILIZAR não estava registrado no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e que não aparecia em dicionário algum. Um aviso aos navegantes: o verbo DISPONIBILIZAR já está devidamente registrado no último VOLP e nas novas edições dos nossos dicionários.
Agora, você decide. Qual é a sua preferência: “O governo vai disponibilizar as verbas necessárias para as obras...” ou “Segundo o governo, as verbas necessárias para as obras estarão disponíveis...”?
A aceitação de