Neoliberalismo com características chinesas
Palavras-chave: Neoliberalismo, “economia de mercado”, China.
INTRODUÇÃO
Atualmente, a China é destaque como uma das grandes economias mundiais. Contudo, a mesma chama a atenção pela contradição entre sua “economia de mercado” e seu Estado comunista. David Harvey descreve em sua obra a história do desenvolvimento da economia chinesa, buscando explicar a complexa relação entre a economia e a política no país.
No final da década de 1970, na China de Deng Xiaping, foi divulgado um programa de reformas econômicas que condiziam com a disseminação do pensamento neoliberal proveniente das potências econômicas da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos da América. O resultado desse programa foi o desenvolvimento de uma peculiar economia de mercado, com características neoliberais dentro de um Estado centralizador. Esse cenário de controle do Estado em mercado capitalistas já podia ser observado em economias como a Coréia do Sul, Chile, Taiwan e Cingapura.
Sendo a China um Estado comunista, Deng Xiaping defendia que o país mantinha o igualitarismo como objetivo da nacional de longo prazo, apesar sua economia apresentar traços de uma nação capitalista. Sua justificativa para adoção das políticas que sustentavam sua nova “economia de mercado” era que o novo modelo iria servir de impulso para aumento da produtividade e desenvolvimento econômico do Estado. No entanto, tais reformas trouxeram consequências adversas, sendo uma delas um aumento nos indicadores de desigualdade social, que foi enxergado pelo então governo chinês como algo aceitável.
O propósito do programa de reformas