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Em nossa primeira aula, assumimos, junto a Paulo Freire, os princípios que orientam uma prática pedagógica autônoma e libertadora: a consciência do inacabamento, a curiosidade epistemológica, a criticidade, a reflexão sobre a prática e a pesquisa. Como pudemos discutir em nosso Fórum Temático, tais princípios encontramse intimamente ligados a um pressuposto fundamental: o da radicalidade ética que orienta o fazer docente.
Essa importante base analítica que Freire nos oferece é a lente através da qual nos propomos, aqui, a ad-mirar a prática docente. É dela que partimos ao encontro dos
“artifícios” que irão ajudá-los a recompor – reflexivamente – sua trajetória particular de
“ser docente”. Por entre imagens, escritas e memórias (todas de si, mas com o mundo) e fundamentando-se na “exigência” de um espírito crítico, curioso, investigativo e insubmisso do
professor,
esperamos
muni-lo
de
possibilidades
para
uma
conscientização fundamental ao exercício da docência: do eu-professor que se faz e refaz continuamente em sua própria trajetória.
Mas antes de chegarmos a estes “artifícios”, é preciso ainda ampliar o nosso raio de compreensão teórico-conceitual acerca da prática pedagógica. Por isso, neste segundo encontro, proponho a você um diálogo sobre os saberes docentes. Nossa conversa se inicia com um exercício de pensamento e registro, que explicito a seguir.
Elencarei algumas perguntas que serão alvo de nossas discussões nesta aula. Para cada uma delas, gostaria que você anotasse (em uma folha de papel ou em um arquivo de computador) os saberes prévios que mobiliza ao tentar respondê-las. Podem ser palavras, ideias soltas, pequenos comentários, dúvidas e questionamentos outros, referências a estudos e/ou estudiosos com os quais teve contato, ou mesmo aquilo que vem imediatamente ao seu pensamento no momento em que reflete sobre as perguntas feitas. Peço que guarde esse