Nenhum
O brinquedo e a brincadeira são considerados constitutivos da infância, como conseqüência das transformações da organização familiar e social na história, através do processo de industrialização e urbanização da sociedade (BENJAMIN, 1984).
O comportamento das crianças pequenas é fortemente determinado pelas características das situações concretas em que elas se encontram. Para brincar conforme as regras da brincadeira do “faz-de-conta”, a criança tem que se esforçar para exibir um comportamento que não é o seu no cotidiano, o que a impulsiona para além de seu comportamento como criança ( Vygotsky, 1998).
Para Vygotsky (1998), a brincadeira de faz-de-conta cria uma zona de desenvolvimento proximal, pois no momento que a criança representa um objeto por outro, ela passa a se relacionar com o significado a ele atribuído, e não mais com ele em si. A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. É possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento. (BRANCO; MACIEL; QUEIROZ, 2006).
Referencias Bibliográficas
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Summus, 1984.
BRANCO, A. U.; MACIEL, D. A. & QUEIROZ, N. L. M. Brincadeira e desenvolvimento infantil: um olhar sociocultural construtivista. Paidéia v.16 n.34, Ribeirão Preto, maio/ago.