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“Correr para ganhar, ou perder e ganhar?”

O presente artigo, em parte destacado, estava na parte de esporte do jornal O Globo.

Foi uma vitória mais do que merecida para Hamilton, que encarou uma semana conturbada após algumas polêmicas e o acidente da largada do GP da Bélgica. Ele conseguiu tirar 25 pontos da vantagem de Fernando Alonso, líder do campeonato, nos últimos três GPs e assumiu a segunda posição do Mundial de Pilotos. O piloto da McLaren, que ainda negocia a renovação com a equipe inglesa e pode ir para a Mercedes em 2013, está se firmando como o principal rival do espanhol na luta pelo título deste ano. Mas é importante que o campeão de 2008 mantenha sua cabeça no lugar. Ele precisa pontuar bem até o fim do campeonato, não pode mais errar.

Para a Ferrari, um ótimo pódio para Fernando Alonso em terceiro e uma boa quarta posição para Felipe Massa em casa. E quanto ao jogo de equipe, liberado pelo regulamento, diga-se de passagem, não vi problemas. O que fazer quando um de seus pilotos disputa o título está atrás do outro que tem quase um quarto dos pontos do companheiro? É lógico que tem de abrir passagem. O campeonato já está se decidindo e qualquer ponto perdido nesta altura pode fazer a diferença. A Fórmula 1 é um esporte coletivo, em que as equipes são representadas por dois pilotos. Massa fez certo ao deixar Alonso passar. E o resto é chororô.
Massa sofreu com o desgaste dos pneus traseiros em sua Ferrari durante os dois trechos da corrida, tanto com os pneus médios quanto com os duros. Alonso experimentou o mesmo problema. Mas o brasileiro fez uma ótima corrida, e chegaria ao pódio em condições normais, o que é algo bem animador. Ele não andava desta forma há algum tempo, apesar da evolução nos últimos GPs. Neste fim de semana, em Monza, Massa teve um desempenho consistente ao longo dos três dias: foi rápido na sexta, no sábado e no domingo. Diria, inclusive, que suas chances de renovação com a Ferrari cresceram bastante após o bom resultado na