Nenhum no momento
O brasileiro é resistente ao plural. Esta é a conclusão do professor Pasquale. Ouve-se muito dois real, dez real...
Para ilustrar o professor propõe à rua a seguinte questão:
“Faz vinte anos que estive aqui ou fazem vinte anos que eu estive aqui”.
As opiniões ficam divididas.
O correto é “ Faz vinte anos que estive aqui.”
O verbo fazer indicando tempo não tem sujeito. Pode-se e deve-se dizer: “passaram dez anos”.
De fato, os anos passam. Mas, nunca falar “ fazem dez anos “.
O mesmo acontece na locução verbal quando o verbo fazer é associado a outro na indicação de tempo: “ Já deve fazer vinte anos que ela foi embora “. Nunca dizer :”Já devem fazer vinte anos ...”. Nesses casos o verbo fazer vem sempre no singular. Outro caso é levantado: “Quando conheci sua prima, eu morava lá há dez anos” ou “... morava lá havia dez anos”.
A dica é muito simples. Usando o verbo fazer a forma correta de falar é “.... morava lá fazia dez anos”. Logo, “... eu morava lá havia dez anos”.
Neste caso, o verbo haver equivale a fazer, indica tempo. Os tempos verbais também devem se casar: se eu morava..., morava fazia ..., morava havia.... É assim que exige o padrão formal da língua.
CONCORDÂNCIA DO VERBO HAVER
“Haja paciência!” Todos já ouvimos essa expressão. Esse “haja” é o verbo haver no presente do subjuntivo.
Esse verbo talvez seja o mais desconhecido quanto às suas flexões. Muitas vezes é usado sem que o usuário tenha consciência de que o está usando.
“Estive aqui há dez anos”. O “há” presente na oração é o verbo haver e pode ser trocado por outro verbo: “Estive aqui faz dez anos”.
Existem deslizes típicos de quem não conhece as características do verbo haver. Quando se diz “Há muitas pessoas na sala”, conjuga-se o verbo haver na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.
Note que não foi feita a concordância do verbo haver com a palavra pessoas. Não se poderia dizer “Hão pessoas”.
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