Nelson rodrigues
RESUMO: Este artigo discutirá a análise da obra teatral de Nelson Rodrigues Vestido de Noiva de 1943, sua recepção pelo público brasileiro e pelos críticos da época. Além disso, discutirá qual foi a inovação, assim como a do teatro modernista, que a peça trouxe para o cenário teatral brasileiro. Discutirá se Nelson Rodrigues merece ou não a alcunha de Anjo Pornográfico, através dos pontos em comum de suas peças e pontos fundamentais de sua biografia. Para a análise da obra, é necessário pôr em discussão o fator Ziembinski, o perfil da sociedade carioca de 1943 (que presenciou a sua primeira encenação) e o conteúdo das peças antes e depois de Nelson Rodrigues. Palavras-chave: Nelson Rodrigues, Vestido de Noiva, teatro brasileiro.
Este artigo irá discutir porque Vestido de Noiva é considerado marco inicial do modernismo no teatro brasileiro. Esta afirmação é defendida pelos críticos da década de 1940, que naquela época comparavam as peças encenadas no Brasil com as encenadas na Europa, desconsiderando as diferenças históricas e sócioculturais. Sobe este ângulo, Nelson Rodrigues modernizou o cenário teatral brasileiro, pois escreveu uma peça com os moldes modernos europeus. Discutir-se-á neste artigo o impacto causado no público que assistiu a primeira encenação no Teatro Municipal do Rio de Janeiro sobre a direção do polonês Ziembinski, além de sua análise e comparação da obra com o filme de Joffre Rodrigues. Este artigo também discutirá se Nelson Rodrigues teria se inspirado em alguma peça europeia para a produção de Vestido de Noiva ou foi apenas obra de sua genialidade e/ou perversão. Será posto em discussão se a alcunha, dada por ele mesmo, de “Anjo Pornográfico” se reflete em suas obras, em especial Vestido de Noiva, e em sua vida e em que sentido esta pornografia se faz presente
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Dênis Moura de Quadros é graduando do curso de Licenciatura em Letras e suas